quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Racismo e as crianças

Outro dia, quando eu e o maridão conversávamos sobre a escola com a Luiza, ela contava quem havia faltado, qual a amiga ela mais gosta de brincar e falou rapidamente sobre um coleguinha em específico. Aproveitamos o gancho e perguntamos se ele era legal e ela respondeu: "É sim, mas ele é marrom."

Nesse momento acendeu uma luzinha vermelha contra-racismo e contornamos a situação explicando o que ela já está cansada de saber e repete bastante quando encontramos alguém com alguma paralisia ou deficiência, olhos azuis ou cabelos loiros - que as pessoas são diferentes e nem por isso são menos ou mais  importantes. O que importa são as atitudes, a forma como trata as pessoas. Ela sorriu e continuou a conversa naturalmente conosco.

Foi a primeira vez que ela mencionou a cor da pele de alguém e olha que ela tem primos com etnia diferente da nossa, os nossos brigadeirinhos, como gostamos de falar por aqui.

Quanto mais eu vivo e leio, tenho a convicção que as crianças podem fazer comentários preconceituosos, mas nem por isso serem racistas. Se seu filho faz uma observação questionável, não se desespere. As crianças muitas vezes repetem o que ouvem os outros dizerem, mas isso não siginifica que elas acreditam nisso. Os seus exemplos são mais siginificativos, pode ter certeza.

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